Não me importa que hoje em dia não se diga mais primário. Vou continuar igual àquelas pessoas que dizem que fizeram o "científico" na escola...rsrsrs
O que importa é que estou sofrendo de uma síndrome. Um mal que já dura cerca de duas décadas.
Tudo começou no meu primeiro dia de aula na pré-escola e continua hoje, já na faculdade. É um sentimento de afeição totalmente infantil, eu sei. Mas fazer o quê? Não tem jeito, quando eu vejo, já foi!
É como ser uma criança, uma criança na primeira série.
Uma criança que chega cedo na escola só para sentar-se na primeira carteira, aquela que fica em frente à mesa da professora.
É sempre assim, geralmente elas vêm cheias de sorrisos 2 ou 3 vezes na semana. E você passa todos os outros dias esperando que chegue a aula dela: A SUA PROFESSORA PREFERIDA.
Na vida escolar, a professora é referência e alvo de todo amor das crianças.
Há todo um afeto, puro e simples, nessa relação, o que facilita muito o aprendizado. A criança ainda é pouco autônoma e precisa do adulto, o professor, que traz um mundo novo para ela.
Aí está o problema. As CRIANÇAS é que geralmente se sentem assim.
Crianças, e não jovens adultos na faculdade.
Não é possível, deve ser algum déficit de atenção! Rsrs
Nem sempre elas são professoras.
Mas sempre são mulheres independentes, inteligentes e bem sucedidas.
São mulheres com qualidades dignas de se admirar.
Geralmente são pessoas que têm algum conhecimento ou experiência que eu gostaria de ter. Logo, me servem de espelho, refletindo o ideal que imagino pra mim.
E do desejo do conhecimento, vem um desejo de intimidade, aquela coisa de amizade eterna, sabe? A coisa complica aí, quando você deixa de enxergar a professora e começa a ver um amigo em potencial.
Eu vi que, inicialmente, sou para essas mulheres apenas uma garotinha. Uma eterna e meiga garotinha com uma conversa inteligente.
Essas minhas “professoras preferidas” também acabavam percebendo que, como uma criança do primário, eu necessitava de atenção. Não como algo enfadonho, mas como algo prazeroso, que elas faziam questão de dar. E é quando chega nesse ponto que eu me sinto mal, pois odeio parecer infantil.
Quando eu era pequena, gostava de andar com pessoas mais velhas que eu. Gostava de conversar com adultos.
Sempre fui e sempre me senti meio infantil, dependente. Mas quando estava com as pessoas maduras, eu acabava sendo madura também. E acabei descobrindo que em alguns momentos eu era madura demais.
Acabei sendo a doadora dos conselhos. Acabei sendo os ouvidos dos problemas. Acabei sendo o colo e o abraço.
Depois que o tempo se encarrega de mostrar que eu nunca esqueci o que as pessoas deixaram de lado, depois que mostro que cativar, que criar laços, é algo extremamente apaixonante, elas vêm em mim uma pessoa que pode dar uma amizade verdadeira independente da diferença de idade.
Infelizmente, às vezes você se forma na escola antes que estes laços sejam efetivamente estabelecidos. Mas quando dá tempo, a amizade que nasce ali é levada para a vida inteira.
Agora aconteceu de novo.
Mas desta vez vou tentar não me sentar na primeira carteira, pelo menos não nas primeiras aulas. Vou tentar guardar as balas e bilhetes só pra mim. Ao invés de necessitar de atenção, tentarei “cativar”, assim como a raposa ensinou ao Pequeno Príncipe no livro de Saint-Exupéry.
"O que significada isso – cativar?"
"É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam", disse a raposa. "Significa estabelecer laços (...)"
"É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam", disse a raposa. "Significa estabelecer laços (...)"
(...)A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: "Por favor cativa-me."
"O que eu devo fazer para cativar você?" perguntou o Pequeno Príncipe.
Você deve ser muito paciente". Disse a raposa. "Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia."
"O que eu devo fazer para cativar você?" perguntou o Pequeno Príncipe.
Você deve ser muito paciente". Disse a raposa. "Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia."
O Pequeno Príncipe -Antoine de Saint-Exupery
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdoOoOoOOOoRei o novo poste...
ResponderExcluirTava com saudades de ler seus textos!!!
Ahhhhh, que delicia ler isso tudo aqui... Me fez voltar no tempo e pensar que de fato somos assim e agimos assim muitas das vezes!
E acredito que não seja só contigo que aconteça isso agora na presente fase (jovem / adulto) tive isso com meu MESTRE! RsRsRs.
Bju grande.
P.S.: Sempre passo por aqui.
Seu mestre seria o meu tbm??? Se for quem eu to pensando... já passei por isso em relação a ele tbm!
ResponderExcluirHahahahahahaha...
ResponderExcluirCom CERTEZA!!!!!!
Então passamos.
Ameeei!!!
ResponderExcluirMas axo q isso não é um sinal de infantilidade, mas siim uma marca de sua personalidade, acho q por tras da grande conselheira e amiga, existe uma menina q está cheia de dúvidas, medos mas ao mesmo tempo cheia de metas e planos e como todos nós, tbm precisa de um ombro amigo e de conselhos.
Acho q procurar exemplos é ao mesmo tempo um defeito e uma qualidade da hulmanidade e não nada de grave nisso!!!
Como vc essa frase mostra q tbm tenho um pouco dessa chamada por vc "infantilidade":
E do desejo do conhecimento, vem um desejo de intimidade, aquela coisa de amizade eterna, sabe? A coisa complica aí, quando você deixa de enxergar a professora e começa a ver um amigo em potencial.
É bom saber que não estou sozinha no mundo!!!!
ResponderExcluirE que ajudei outras pessoas a reconhecerem que isso pode ser completamente normal!
Vc escreve muito bem Izabelly!
Bjos!
Antes de qq coisa devo dizer que achei simplesmente LINDO...(agora espere...,vou enxugar as lágrimas para poder comentar...
ResponderExcluirAcho que deveria postar um contra texto falando de sentimentos que nutrimos(nos professores)em relação a alguns,alunos,brilhantes,meigos,inteligentes,amigos e acima de tudo sensíveis...Sabe de quem falo?
Pois é !!!! E ficamos rotuladas de mãezonas,antiquadas,psicologas,etc...(Tô nem aí)
Siga seus sentimentos, sejam eles quais forem,seja vc, com esta imensa e linda personalidade,seja feliz,faça e sinta o que quiser, esteja nem aí.... Viva intensamente todos os sentimentos ,eles são seus....
"Sempre se é responsável por aquele que cativamos."
ResponderExcluirQue lindo Lu!!!!
ResponderExcluirVc será minha eterna professora! Vc foi e é uma pessoa muito importante pra mim! Te amo muito!
Eu é que fiquei emocionada de vc dizer essas coisas lindas aí em cima!!!
Bjo!
Posso chutar quem é a sua professora favorita na facul???? kkkkkkkk
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMelhor deixar pra lá pois ela pode entrar aki!
AUHAUHAUHAUHA
Gostei da postagem!
ResponderExcluirAcho que todo mundo já passou por isso!
Beijos!
Para dizer a verdade, eu sempre vivi essa experiência e não foi só com professores, mais com qualquer pessoa ao meu redor: amigos, tios, pastores(inclusive pastores), artistas e seus derivados...rsrs.
ResponderExcluirNanny...
ResponderExcluirA Síndrome realmente pode acontecer com outras pessoas tbm, basta admirar que, pimba, vc corre o grave risco de "adoecer" rsrsrsrsrs
Bjo!